Comentário crítico ao Capitulo VI do manual - Educação Online.
Aprender e ensinar é uma das características inatas do homem. A aprendizagem pode acontecer pelo processo de tentativa erro, mas ela acontece de modo muito particular com a troca de experiências entre pares. Aprender com o outro, em ambientes diversos, utilizando paradigmas e métodos diferentes, é uma realidade evidente que se procura aprofundar e encontrar as melhores formas de concretizar a assimilação e desenvolvimento do conhecimento. Durante muito tempo, o conhecimento era propriedade exclusiva do mestre que o transmitia, e seus alunos o replicavam. A tecnologia evoluiu, e surgiram outros ambientes de apropriação e desenvolvimento do conhecimento.
As novas tecnologias, abriram novos horizontes à aprendizagem. Com a web, criaram-se ambientes novos de aquisição e troca de saberes, o ensino ultrapassou o ambiente da sala de aula, abriu-se á sociedade, e abarca agora o mundo, o ensino e aprendizagem estão bem presentes nos ambientes virtuais da web. As ferramentas utilizadas pelas novas tecnologias, na web 2.0, no e-learning 2.0, estão a modificar o paradigma da aprendizagem, e obrigam a uma reflexão. É preciso compreender e aprofundar esta nova realidade do conhecimento. No nosso vocabulário começam a aparecer termos novos como; PLE – ambiente pessoal de aprendizagem, PLN – rede pessoal de aprendizagem, PfLN – rede profissional de aprendizagem, SDE – aprendizagem autodirigida. Estes são alguns termos ligados a plataformas digitais orientadas para o ensino/aprendizagem, e que se inserem numa comunidade alargada em rede. As PLE têm características que se articulam com o conceito de autoaprendizagem em contextos de comunidades humanas, usam ferramentas e recursos partilhados de forma informal, promovendo autonomias, e controlo de processos de ensino/aprendizagem, quer individualmente, quer colaborativamente, usando várias abordagens pedagógicas. A PLE proporciona uma maior interação e adesão na educação, superiores às LMS e VLE. Naturalmente as PLE, são um embrião para o desenvolvimento pleno das redes de aprendizagens pessoais. Com elas surgem também desafios para a mudança de comportamentos nos modelos de aquisição do conhecimento, quer por parte de quem ensina ou de quem busca o conhecimento. Estes novos ambientes de aprendizagem, são propícios para a formação a distancia, formal ou informal, formação ao longo da vida, e formação profissional, porque possibilitam ser autodirigidas. O conceito SDL tem um lugar central no paradigma da educação, remete para a prática da aprendizagem, para as dimensões psicológicas, pedagógicas, cognitivas, metocognitivas, motivacionais. Diz Oliveira sobre a autodirectividade na aprendizagem, que esta sofre a influência da personalidade e do aspeto afetivo-emocional. Também Oliveira reconhece que a SDL radica em conceções teóricas humanistas, cognitivistas, e construtivistas. Bouchard, “assume que a SDL é naturalmente uma coisa boa, que deve ser apoiada em todas as áreas da aprendizagem, particularmente no local de trabalho”. Todos temos formas diferentes de aprender. A maleabilidade da SDL conforme Grow, permite que os aprendentes evoluem segundo os estádios de crescente autodireção. O sujeito é central no processo educativo com um papel ativo, seletivo, estruturante e organizador. O conetivismo abre ao aprendente um mundo de possibilidades de acesso ao conhecimento, o qual é potenciado pela web semântica. Aprender atualmente é uma atividade ao alcanço de muitos, com liberdade e autonomia, hoje a apropriação do conhecimento deu lugar ao conhecimento aberto em rede numa metodologia construtivista, ligando cada vez mais o conhecimento formal e informal facilitando uma aprendizagem ao longo da vida.
Hélder Alberto - aluno 1100373 da Uab – Unidade curricular - Educação e Internet
Bibliografia: Monteiro, A.;Moreira, A.J.Almeida, A.C. (2012) Educação Online: pedagogia e aprendizagem em plataformas digitais. Defacto: Santo Tirso - Portugal
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